A Besta Populista

O heroísmo de ontem, moinho

Hoje vês a verdadeira feição da besta

Sua culpa fora mínima, já que ages por instinto

O maior pecado são os homens que o carregaram como espada

Adepto ao populismo de festim

Feito boca faminta, mascando sonhos

Doando esplendor a quem o protege

Ditando embargos ao inimigo impróprio

Sua fala enxofre cobra sotaques cânones

Sua fala pervertida recorre ao ato usual

Uma violência nefasta de todos os dias

Um denso véu para esconder feições e ditos de pêsames

Sua vigília que tens o nome de anjos decorados

Canta a cantiga revertida entre céu e inferno

Saboreando uma existência travada

Enquanto cultiva o próprio dia de teu sepultamento

O teu amor por um coice agridoce

Entre teu celibato com cavalos

A ciência lhe prorroga dúzias de dúvidas

A certeza indigesta, muitos morrem sem galope

Dança com a casa da moeda

Fomenta suas noivas em uma guerra

Contra tudo que fores impuro e pobre

Ao conceito de quem dita vaidades

Eu vou ofender o rico ciclo

Cultuando personas febris

Consumidas ao êxtase

Tal qual um droga enferma

Destaque: Fome, cala-te

Miséria? Apenas não seja

Creia tão somente neste curso

Que oferto-lhe, por uma bagatela de três reinados...

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 25/11/2021
Código do texto: T7393804
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