A Besta Populista
O heroísmo de ontem, moinho
Hoje vês a verdadeira feição da besta
Sua culpa fora mínima, já que ages por instinto
O maior pecado são os homens que o carregaram como espada
Adepto ao populismo de festim
Feito boca faminta, mascando sonhos
Doando esplendor a quem o protege
Ditando embargos ao inimigo impróprio
Sua fala enxofre cobra sotaques cânones
Sua fala pervertida recorre ao ato usual
Uma violência nefasta de todos os dias
Um denso véu para esconder feições e ditos de pêsames
Sua vigília que tens o nome de anjos decorados
Canta a cantiga revertida entre céu e inferno
Saboreando uma existência travada
Enquanto cultiva o próprio dia de teu sepultamento
O teu amor por um coice agridoce
Entre teu celibato com cavalos
A ciência lhe prorroga dúzias de dúvidas
A certeza indigesta, muitos morrem sem galope
Dança com a casa da moeda
Fomenta suas noivas em uma guerra
Contra tudo que fores impuro e pobre
Ao conceito de quem dita vaidades
Eu vou ofender o rico ciclo
Cultuando personas febris
Consumidas ao êxtase
Tal qual um droga enferma
Destaque: Fome, cala-te
Miséria? Apenas não seja
Creia tão somente neste curso
Que oferto-lhe, por uma bagatela de três reinados...