Africanidade
O negro na senzala
Ao batucar do tambor
Enquanto dança, o suor exala
Canto lúgubre de lamento e dor
A mãe África de outrora
Realidade tão distante
Tudo o que se vê agora
são preces lamuriantes
O cativeiro tão algoz
A cada dia vivido
Provoca uma dor atroz
Nos sofrimentos sofridos
Anseia por libertação
Algo pouco provável
Sob grilhões da escravidão
Período tão execrável
Mas eis que uma princesa
Num gesto de humanidade
Com toda a singeleza
Conquista-lhes a liberdade
O tambor volta a tocar
Festejando com alegria
E agora o dançar
É pela carta de alforria.