Arqui-cultura

Como haver norma culta na liberdade que a poesia expressa?

Ritmo,

Harmonia,

Conduta?

Palavras vem sem domínio,

Como adestrar uma fera?

Fardão,

Manter a postura,

Educação,

Vida culta,

Academia te espera.

"Eles passarão,

Eu passarinho",

Vou construindo meu ninho,

Uso gravetos,

Não celas.

Confortam-se em suas cadeiras,

Algozes da Cultura,

Caricaturas da "elite" burguesa,

Chá é servido,

Discurso de algum pseudo intelecto,

Aberta a sessão da nobre baboseira.

A semente jogada no asfalto,

Fez a flor da cultura crescer,

Invade a periferia,

O sarau poliniza,

O que os fardados,

Não puderam conter.

A voz do povo se espalha,

Em meio a mente cheias,

E barrigas vazias,

Os direitos são rimados,

Deveres,

Que além exercia.

Escancaram a desigualdade,

Querem chegar a cadeira vazia,

Sucesso se traduz em dinheiro,

Dinheiro que salvam vidas,

Vidas arrumam empregos,

Sem deixar panelas vazias,

Dignidade sem preço,

Valor ao bem e família.

Leitura não sucumbe ao medo,

Nem a qualquer tirania.

Empodera aos que têm menos,

E ameniza as dores dos dias,

Cultura revela segredos,

E proporciona cidadania.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 08/11/2021
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