Seu fardo, sua cruz.
Mesmo diante do olhar maldoso dos poderosos
Ele segue seu caminho
Com as mãos calejadas
O suor no rosto
E o sangue que custa
Pisar neste espinho
Com as pedras que tem que superar
E as que lhe jogam
Tendo que desviar
Constrói sua casa, sua vida
Que abriga quem lhe cabe amar
Seu fardo, sua cruz
Com amor, tem que carregar
Diante do abismo da tristeza
Sorri com olhos lacrimosos
Sem espaço pra fraqueza
Diante de tudo que o ameaça
Suaviza sua dor
Com um trago de cachaça
Abaixa a cabeça um instante
pra chorar
Mas logo a ergue novamente
E segue em frente
Na mesma luta de todo dia
Superando tudo que sente
Em seu coração e sua mente