Consumo Torpe
Consumo torpe e desenfreado
Vive o homem que só quer ter
Mata e morre por seu trabalho
Acumular bens é o seu prazer.
Trabalhe compre, gaste e morra
Máquina do estado, trabalhador servil
Para que o prazer do consumo ocorra
Servirá cego por um ano ou mil.
Febre do acúmulo, a doença o acomete
Pensa ser dono do próprio nariz
Não passa de uma simples marionete
Escravo do consumo de uma vida infeliz
No leito de morte relembra sua vida
Felicidade plena procura na memória
O que recorda é existência sofrida
O Tempo perdido sua única história
Tudo que teve e acumulou
Para o túmulo nada irá levar
Ficará pra outro que dele herdou
Que buscará ter mais e o ciclo iniciar