De zero a cem

Sobrevida,

Vida,

E a guerra nos impõe feridas.

Chaga aberta,

A mente,

Que o ódio esvazia.

Leis que servem,

Para serem corrompidas.

Planta,

Luta,

Cresce,

Em meio a água imunda.

Sobe,

Afunda,

Desce,

Não há regras,

Nem conduta.

Colhe o que te sobra,

Plantou o que lhe convém,

Se a culpa não for tua,

Não será de mais ninguém,

A queda assusta,

Rápida,

Dez segundos de zero a cem.

Pede ajuda,

Quer alguém,

Mas está sozinho,

Se apega a Deus,

Reza,

Amém.

Por um acaso,

Deus te escuta,

E intercede,

Do além.

Mas egoísmo,

É sua postura,

Pois só faz,

O que convém.

Só quer ajuda,

E procura,

Aos que julga,

Viver bem.

Porém o fim,

É uma certeza,

Vai me pegar,

Você também.

Se há juízo final,

Justo,

Quase nunca é legal,

Castiga a quem fez o mal,

Plantou tempestade,

Colheu temporal.

Sem nada a oferecer,

Ninguém a recorrer.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 12/10/2021
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