De zero a cem
Sobrevida,
Vida,
E a guerra nos impõe feridas.
Chaga aberta,
A mente,
Que o ódio esvazia.
Leis que servem,
Para serem corrompidas.
Planta,
Luta,
Cresce,
Em meio a água imunda.
Sobe,
Afunda,
Desce,
Não há regras,
Nem conduta.
Colhe o que te sobra,
Plantou o que lhe convém,
Se a culpa não for tua,
Não será de mais ninguém,
A queda assusta,
Rápida,
Dez segundos de zero a cem.
Pede ajuda,
Quer alguém,
Mas está sozinho,
Se apega a Deus,
Reza,
Amém.
Por um acaso,
Deus te escuta,
E intercede,
Do além.
Mas egoísmo,
É sua postura,
Pois só faz,
O que convém.
Só quer ajuda,
E procura,
Aos que julga,
Viver bem.
Porém o fim,
É uma certeza,
Vai me pegar,
Você também.
Se há juízo final,
Justo,
Quase nunca é legal,
Castiga a quem fez o mal,
Plantou tempestade,
Colheu temporal.
Sem nada a oferecer,
Ninguém a recorrer.