Maria e o pé de feijão.
Era dia da Independência do Brasil,
Maria sabia.
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Magrela, do alto dos seus sete anos
Maria já sambava que dava gosto,
E exibia a morenice faceira,
E sorria exibindo dos alvos dentes
A falta.
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Sorria com o olhar, linda menina.
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Foi neste dia, que Maria, orgulhosa
Plantou seu feijão no potinho
De iogurte que resgatou
Do lixão,
E limpou, lavou, esfregou...
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- Vó Zica dera a dica –
Colocou o algodão molhado
E com cuidado o feijão depositou...
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Sem almoço veio um sono cansado,
O rostinho caiu sobre o braço na mesa cruzado,
E Maria adormeceu e sonhou...
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Seu feijão chegou nas nuvens
E lá o que era seu resgatou
Desliza de volta à terra sorrindo,
Nas mãos o pote de ouro salvador...
Hoje faria mamãe sorrir de novo,
E vovó Zica tomar uma boa sopa,
E fazendo uma conta quem sabe
A boneca da vitrine do seu Zé
Finalmente chegaria,
Na casa 7 da rua de ninguém
Onde o sonho de Maria
Finalmente caberia.