O MESQUINHO

Uma das deformações mais grave humana

Não vista fisicamente, mas no caráter emana

Aquele sujeito rasteiro independente de posses

Um covarde que nem por quem lhe levanta torce

Geralmente é um invejoso comedido

Disfarça de aliado com o espírito fedido

Inocentes creem de boa fé nesse hipócrita

Projetam uma régua nefasta sobre sua ótica

Aquele individuo extremamente perigoso

Como uma aranha negra um asqueroso

De índole sórdida e próximo da vitima

Nem pelo favor há reciproca mínima

Está sempre a destilar ódio disfarçado

Parecendo brother o bote vem camuflado

Mais astuto que a serpente naja em ataque

Pois pousa de amigo inoculando xeque-mate

Golpeia sem cerimônia seu colega

Menospreza se cair sobre sua tutela

Analisa outro como se desse exemplo

Um mesquinho cheio de descaramento

Presunçoso busca sempre os holofotes

Do sentimento de partilha foge a galopes

Pulha da pior espécie de fala infame ridícula

Capcioso daninho ofende como praga agrícola

Centralizador não sabe benfeitor valorizar

Sem sentimentos fraternos vive a desdenhar

Sua identidade afunda em lamaçal de soberba

Sempre de língua afiada sem nenhuma nobreza

FERNANDO ARÁBIA
Enviado por FERNANDO ARÁBIA em 16/08/2021
Reeditado em 16/08/2021
Código do texto: T7321715
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