CORTESIA

CORTESIA

Num mero instante

a poesia me corteja;

há entre nós

uma íntima amizade;

já vejo-a alada

no pássaro que adeja;

já sinto-a na fragrância

da flor campesina.

Há uma cortesia

mútua entre nós,

bem própria de quem

ama a arte escrita;

a poesia está no poema

ou na prosa que escrevo,

nutrindo de lirismo,

a magia poética e prosaica.

Disso nos resulta

uma amizade perene,

pela qual se conservam

os gestos corteses;

assim,

minha alma acolhe

em apreço fraterno,

a poesia que se revela:

em meu verso,

em minha prosa.

Como artesão

poético e prosaico,

preciso ser cortês,

para retribuir à poesia,

seus gestos amáveis;

pois você,

poesia,

é tão íntima em minha alma,

que é comum em sonhos,

eu ver você,

minha fiel amiga,

no sorriso

do meu anjo da guarda.

Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 12/08/2021
Código do texto: T7319144
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