Malandragem

Malandragem

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Caminho pelas vielas do meu pensar, e nessa caminhada, sinto nos meus momentos tudo o que penso. Vejo nas esquinas tais desalentos, que sorriem sem disfarces e seus copos enchendo, sorriem do quê? Faz tempo que os sorrisos estão fechados, infeccionados de hipocrisia na casa de moradia. Observo e vivo na dor, finjo também ser algo que não sou. Meu ego que por vezes fala alto, se tornou meu opositor. O meu verso é a escrita de dor. Na cama a mancha do sangue que ali pousou. Amigos que comigo se importavam, a vida levou, deixaram saudades, e só o vazio ficou. O que restou foi a solidão, mesmo com tantos ao redor, rasgando o verbo de amor e fingindo preocupação. Ando pelas esquinas das ruas, dos becos, esperando a hora da punhalada traiçoeira. Ela não virá do inimigo, mas sim, daquele que foi acolhido, e dei o meu ombro para ouvir os seus lamentos, dividindo o meu pão. Digo a mim: mana, fostes agredida no cérebro!!? morou ali a amnésia, mas o tempo passou. Agora esse mesmo tempo fala na minha cara, que eu não tive culpa. Criei um inimigo e fui enganada. O que sinto por dentro, é somente meu !! Não tenho respostas. Se solto os verbos, sou errada, e do meu silêncio, sou culpada. Mas, me perdôo, em oração.a vida me deu a lição, quanto, àqueles que ajudei, se tornam hipocritas egoístas, é a malandragem das pistas.

Autora:Mara Regina Ferreira

Poema: malandragem

Data; 26/05/2021

Hora: 03:04

Rio de Janeiro Brasil

Causaeefeito
Enviado por Causaeefeito em 17/07/2021
Código do texto: T7301585
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