PRETA NORDESTINA
Numa calma espantosa superou espinhos
Construiu seus ninhos com afinco e paz
Desdenhou do impossível e foi capaz
Adquiriu respeito e recebeu carinhos.
Sem armas visíveis, agigantou-se em luta,
Desarmou com paciência, soldados do ódio,
Enfrentou barreiras e com garra chegou ao pódio.
Preta, mulher, pobre, nordestina, mas impoluta!
Guerra diária enfrentada, porém, jamais cabisbaixa.
A preta, orgulhos dos seus..., no alto, recebe a faixa,
Onde se encaixa como mulher digna de aplausos.
Loucos cinzentos são os preconceitos escusos
Que julgam a pele e mostram uma índole baixa!
Feio é você! Que não vê a alma límpida sob a pele preta!
Ênio Azevedo
Numa calma espantosa superou espinhos
Construiu seus ninhos com afinco e paz
Desdenhou do impossível e foi capaz
Adquiriu respeito e recebeu carinhos.
Sem armas visíveis, agigantou-se em luta,
Desarmou com paciência, soldados do ódio,
Enfrentou barreiras e com garra chegou ao pódio.
Preta, mulher, pobre, nordestina, mas impoluta!
Guerra diária enfrentada, porém, jamais cabisbaixa.
A preta, orgulhos dos seus..., no alto, recebe a faixa,
Onde se encaixa como mulher digna de aplausos.
Loucos cinzentos são os preconceitos escusos
Que julgam a pele e mostram uma índole baixa!
Feio é você! Que não vê a alma límpida sob a pele preta!
Ênio Azevedo