TEMPORAMENTAL
Francisco de Paula Melo Aguiar
Ah, o tempo não parou!
Não, o mito deve estar louco
Porque o tempo não para
O tempo não anda, voa, exala
Assim como o alucinógeno
Não tenha dúvida do relógio
O diálogo engenhoso pirou
O certo quebrou que pifou!
No passado recente era Millor
Rimando ou não com Jô
Mesmo assim o tempo passou
E agora certo é o mito
O resolve tudo no grito
Mudanças caquéticas demais!
O tempo passa e continuam
Desempregos em abundâncias
Os pobres pais de crianças
Aprendizes do tempo sobre Adão,
Platão, Sócrates e Aristóteles
Neófitos discentes da incapacidade
Não das leis da relatividade,
Atomicidade e eletricidade
Sem deixar de lado à cibernética
Das ideologias que sobram...
Onde os pupilos dos crimes
Não precisam de escolas
Já nascem prontos de A-Z
Haja afilhados apaniguados.