HÁ MUITO TEMPO
HÁ MUITO TEMPO...
Ser coadjuvante numa triste história
É o papel sempre ao pobre, oferecido.
Sempre o nomeiam como o bandido,
Enquanto o rico é coberto por glória.
Este é o país de memória corrompida,
Onde crianças são castradas do direito
Por um opressor que age sem respeito,
Para enricar, mesmo enodoando a vida.
Aqui o dominante rasga a Vi natituição,
As leis só punem o cidadão comum.
O abastado não tem problema algum,
Já o pobre, se erra, morre numa prisåo.
Para viver bem tornou-se obrigação,
Ter uma conta corrente de milionário.
Já o trabalhador recebe parco salário,
Que mal serve para comprar um pão.
Plano de saûde, cultura, lazer, escola,
São inerentes apenas aos poderosos.
E os pobres, aqui vivem de teimosos,
Pois do patrão recebem uma esmola.
Ser pobre neste país é ser pecador.
Se alguma coisa de ruim acontece,
Dizem: foi um pobre e ele merece,
Viver humilhado, sendo um sofredor.
E esse homem desprovido de amor
Não passa de um vilão escravocrata,
Que usa o poder e o pobre maltrata
Para enricar e sempre ser vencedor.
E como esse homem vive a ilusão
De que dinheiro tudo pode comprar,
Não crê em Deus e não quer orar,
Andando na vida pela contramão.
Mas como Deus é o Nosso Protetor!
E desaprova o luxo em ostentação,
Aquele ser que cultua a escravidão,
Por Ele será punido pela ambição!
Bira Galego