Molambos
Estranha quietude na minha rua
Olhando lá de cima, desconfiada, a lua
Os postes parecendo lampiões sombrios
Mal iluminando seres estranhos, vadios
Pouco adianta o nosso dedo em riste
Passam de olhos baixos, falando sozinhos, triste
Alguns bancos, alguns assentos, e um ponto
Onde todos esperam o trem e temem um confronto
Posso ouvir tudo da minha sala
Quando aquela pessoa se esconde e fala:
"Que hoje paga o preço de não ter ido à escola
Que a vida é dura, sem justiça, nada a consola"
Ali perto da padaria, em um pequeno canto
Logo aparecem alguns e outros tanto
Precisam de algo para se ajuntar
Precisam de mais vida, precisam fumar
Uma traz algo como se fosse uma vela
E vejo pela fresta que é elegante e bela
Mas já está nessa vida ardente
Onde ela mal vive e mal sente
Debruço-me novamente sobre o meu livro sublime
Onde aquela vida seria julgada como crime
Mas adormeço na noite sem vê-los partir
Talvez nunca durmam, ficam ali, não têm aonde ir
Estranha quietude na minha rua
Olhando lá de cima, desconfiada, a lua
Os postes parecendo lampiões sombrios
Mal iluminando seres estranhos, vadios
Pouco adianta o nosso dedo em riste
Passam de olhos baixos, falando sozinhos, triste
Alguns bancos, alguns assentos, e um ponto
Onde todos esperam o trem e temem um confronto
Posso ouvir tudo da minha sala
Quando aquela pessoa se esconde e fala:
"Que hoje paga o preço de não ter ido à escola
Que a vida é dura, sem justiça, nada a consola"
Ali perto da padaria, em um pequeno canto
Logo aparecem alguns e outros tanto
Precisam de algo para se ajuntar
Precisam de mais vida, precisam fumar
Uma traz algo como se fosse uma vela
E vejo pela fresta que é elegante e bela
Mas já está nessa vida ardente
Onde ela mal vive e mal sente
Debruço-me novamente sobre o meu livro sublime
Onde aquela vida seria julgada como crime
Mas adormeço na noite sem vê-los partir
Talvez nunca durmam, ficam ali, não têm aonde ir