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Sai,
Expõe a sua frustração.
Anda calado,
Passo a passo,
Luto, de preto,
É indignação.
E não fez nada,
Bala de borracha,
E quem não tem nada,
Caído no chão.
A força promove,
Outra ditadura,
Para quem reivindica,
O arroz e feijão.
Eu quero a vacina,
Não gás de pimenta,
E a violência,
É uma extrapolação.
O sangue escorria,
E a mesa vazia,
Levava a carne,
Para refeição.
E quando fugia,
E o ódio crescia,
São bombas e tiros,
Em quem quer o pão.
Se algo faltava,
Era a segurança,
E foi atacado,
Por quem dá proteção.
Ganância,
Luxúria,
E o ego crescia,
Ocupa o centro,
Vem a higienização.
Violência aos mais fracos,
É a tirania,
Expostas nas ruas,
E na televisão.
O vírus que mata,
Polícia reprime,
Política ajuda,
Com cova, vela e caixão.
A salvação vem do céu.
Escudo a fé,
Armas: caneta e papel.