LAMENTOS DE UM SERTANEJO
Nascido numa casa de sapé
Chão batido andando a pé
A vida no cerrado
Enxada na mão descalço no roçado
O sol castiga o chão
Falta chuva aqui no sertão
Em poeira transformado o açude
Chora entristecido o sertanejo
Lágrimas marcam o rosto sofrido
sofre o sertanejo calado
Triste olhar no céu desesperançado
Ressequido está o roçado
Ó Deus tenha piedade
Coloque fim nesta triste realidade
Socorra este povo sofredor
Acabe com toda esta dor
Ouça os lamentos de um sertanejo
Pobre trabalhador que luxo não almeja
Um pouco da chuva é o deseja
Para que se possa novamente sonhar