A orelha de VanGog
Há misérias e á miseráveis, méritos ou meritocracia, e detrás da fumaça se escondem alguns covardes
Que coisa mais prosaica saber que os anticorpos para o risco não são decisivos, saber que á mais mortes que remédios e no meio disso tudo somos poucos sonhadores,
Depois ficam as primeiras derrotas agitando homenagens, exumándo fracasos, e a rebeldia se perde nesse enorme desalento
A falência do otimismo se foi com a orelha de Van Gog, e quando deixamos o necessário acordamos um monstruo problemático, arisco, e que se alimenta das nossas ruínas
Agora que os escombros dessa nostalgia já foram removidos, nos resta apenas essa solidão plural, tão bem escondida nessa cândida primavera de melancolías,
Memorias e mentiras reveladas num futuro circular.