CRIANÇA E AMÉM
Creio na vida
Resisto com esperança
Ainda com a espada na mão
Amo cada criança
Não posso ficar parado
Como uma estátua fria e dura
Aconchego-as em cada espaço
Com minhas mãos de amizade pura
Racismo domina as ruas
Impertinente com a morte
Farpas chamadas de creches
Não sobrevivendo sem labuta
Covardemente é chacinado
Aposentado de sua vida
Como mosca é derrubado
Rondando pelas ruas
Incompetência dos governos
Ambição d'alguns
Não me olhe deste jeito
Como se eu falasse de fim
1995