ÉFOROS EGROS HISTÉRICOS EXORAM ECOS EUFÓRICOS

ÉFOROS EGROS HISTÉRICOS EXORAM ECOS EUFÓRICOS

Éforos egros histéricos

Exoram ecos eufóricos.

( Mote: Poeta João de Deus de Sousa - Russas/Ce ).

Glosas: Poeta Roberto Felipe Amaral - Tabira/Pe ).

1

Eis o eforato eugenista

De uma Esparta aristocrática,

Segregadora e simpática

Ao abuso escravagista

De jaez militarista

Que estimula ânimos dóricos

Contra hilotas com teóricos

"Mitos de origem" quiméricos!

(Que) Éforos egros histéricos

Exoram ecos eufóricos.

2

Cinco éforos, todo ano

Eleitos pra o eforato,

Mantendo o "dito sensato"

Preceito "licurguinano"

Com o senado espartano:

A Gerúsia! E os mais retóricos

Da Ápela com seus históricos

De assentimentos genéricos!...

(Que) Éforos egros histéricos

Exoram ecos eufóricos.

3

Tudo andando fielmente

Conforme a vil diarquia:

"Tudo à aristocracia!

Morte ao messênio indigente!"

Porém, religiosamente,

A vida segue em gongóricos

Folguedos, que os categóricos

"Nomos" da grei são etéricos

E Éforos egros histéricos

Exoram ecos eufóricos.

4

Esparciatas no "agogê"

Sob um "paidônomo" hostil

Aprendem que o ser viril

É ver hilota à mercê

Da espada, que o mesmo vê

Esfolá-lo ante os "efóricos"

"Homens de bem" nos pictóricos

Ermos, "SEM VERSOS HOMÉRICOS"!

(Que) Éforos egros histéricos

Exoram ecos eufóricos.

5

Periecos pensam que homóios

São e buscam ascensão

Procurando associação

Co'a elite que destrói-os.

Toda essa ambição corrói-os...

O éforo ri de anafóricos

Pedidos desses "folclóricos"

Operários periféricos.

(Que) Éforos egros histéricos

Exoram ecos eufóricos.

6

Templos, há quase quarenta,

Na maioria, erigidos

A deusas, mas seus vagidos

Absurdos nem Zeus agüenta!

Religião xexelenta

Na qual éforos, teóricos

Da moral, dos subcalóricos

Riem com tons luciféricos.

(Que) Éforos egros histéricos

Exoram ecos eufóricos.

7

Mas há hilotas também

Que, assim como os periecos,

Comportam-se quais bonecos

Nas mãos da elite que os tem

Em desapreço, pois vêm

Sonhando com meteóricos

Postos, mas seus pais pré-históricos

Desdenham sonhos feéricos,

Que éforos egros histéricos

Exoram ecos eufóricos!

8

Por fim a Lacedemônia

Sempre foi um pandemônio

No qual o hilota campônio

Sofre da tortura a insônia,

Que a "lacônica Lacônia",

Como foi, aos de fosfóricos

Pauperismos e "marmóricos"

Vãos inda é pra os "pós-homéricos"!

E éforos egros histéricos

Exoram ecos eufóricos!

Poeta João de Deus de Sousa e ( POETA ROBERTO FELIPE AMARAL-OITAVAS EM REDONDILHA MAIOR E POETA JOÃO DE DEUS DE SOUSA-DÍSTICOS AO FINAL DE CADA ESTROFE EM REDONDILHA MAIOR ).
Enviado por Poeta João de Deus de Sousa em 30/04/2021
Código do texto: T7244846
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