FEUDOS VIS MAQUIAVÉLICOS SOB UM DOMÍNIO HIPNÓTICO
FEUDOS VIS MAQUIAVÉLICOS SOB UM DOMÍNIO HIPNÓTICO
Feudos vis maquiavélicos
Sob um domínio hipnótico.
( Mote: Poeta João de Deus de Sousa - Russas/CE ).
( Glosas: Poeta Roberto Felipe Amaral - Tabira/PE ).
1
É o Diabo o suserano
Dos vassalos de feudal
Herdade envolta em total
Dissolução de tirano!
Sendo o maquiaveliano
Pensar outro, o não-despótico,
Veio o hermeneuta neurótico
Dar-lhe tons mefistofélicos!...
Feudos vis maquiavélicos
Sob um domínio hipnótico.
2
Mas, pensando em despotismo
Com Ovídio e sem receios,
"Fins justificam os meios!"
Eis o lema do egoísmo!
Se o "feudo" em absolutismo
Governado é por psicótico
Vassalo, faz-se caótico,
Longe dos preceitos célicos!
Feudos vis maquiavélicos
Sob um domínio hipnótico.
3
Na tese, o ardil do autocrata
É confundir pra manter
Eternamente o poder
Sob égide escravocrata.
Só que hoje ele verga e trata
Seu suserano neogótico,
César vandálico e exótico
Como ao rei, servos famélicos!
Feudos vis maquiavélicos
Sob um domínio hipnótico.
4
Seres lobotomizados
Por patranhas do vassalo
Dos "Mamons" vivem no embalo
De dias desordenados!
E a gleba tem seus sobrados
Cheios do soberbo idiótico
Que, como o vassalo oncótico,
Incha em tartufismos bélicos!
Feudos vis maquiavélicos
Sob um domínio hipnótico.
5
Nessas cidades-Estado
Ou nesse "Estado-cidade"
O cabotinismo invade
Cada hospital e valado,
Casa, boteco, mercado
Co'um "parecer" patriótico,
Mas seu disfarce semiótico
Não engana aristotélicos!
Feudos vis maquiavélicos
Sob um domínio hipnótico.