OS PROSÉLITOS SOFISTAS SÃO VULPINOS DIALÉTICOS
OS PROSÉLITOS SOFISTAS SÃO VULPINOS DIALÉTICOS
Os prosélitos sofistas
São vulpinos dialéticos.
( Mote: Poeta João de Deus de Sousa;
Glosas: Poeta Roberto Felipe Amaral ).
1
Pérfidos, púnicos, tredos;
Hipnóticos oradores;
Sorrelfas doutrinadores;
Magos de verbais bruxedos;
Antissocráticos, ledos
Por expor esgares céticos
Fiados em antiéticos
Chavões de vis discursistas.
Os prosélitos sofistas
São vulpinos dialéticos.
2
Célebres n'atroz retórica;
Relativistas pautados
Em dobres arrazoados
Floreados de gongórica
Oratória metafórica
Que equívocos teoréticos
Propalam em seus estéticos
Sermões vãos e populistas.
Os prosélitos sofistas
São vulpinos dialéticos.
3
Cavilosos, capciosos,
Astuciosos erísticos
Que, em seus recursos sofísticos,
Transportam os mais danosos
Efeitos vertiginosos
De poderes aporéticos
Que cegam os mais ecléticos
Gurus enciclopedistas
Os prosélitos sofistas
São vulpinos dialéticos.
4
Embusteiros mascarados
No circo das ilusões
Dramáticas que emoções
Evocam nos doutrinados.
Fingidos e descarados,
Sem rigores exegéticos,
Lógicos e apologéticos
Dos bons aristotelistas.
Os prosélitos sofistas
São vulpinos dialéticos.
5
Cafajestes da socapa
Da falsa filosofia
Que engana, prende, insidia
Mais e mais a cada etapa.
Copeiro a servir zurrapa
Aos conservos diabéticos
Que convulsionam frenéticos
Após conversas malquistas.
Os prosélitos sofistas
São vulpinos dialéticos.