REVISITANDO SAPÉ

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

No dia vinte de abril de 2021.

Dia do aniversário de Augusto.

O dos Anjos, da literatura universal.

Revisitei a cidade que nos é comum.

O Sapé, lugar que nos serviu para nascer.

A nossa Belém, sem ser a de Judá.

Para assistir o enterro não da última “Quimera”

Mas para se fazer presente ao funeral de Maria.

Minha primeira meia irmã antes de nascer.

Tenho laços profundos de sangue nesta Terra.

Antes d’ela ser declarada cidade em 1925.

Emancipada que foi em primeiro de dezembro.

Daquele ano do calendário cristão.

Em chegando lá, encontrei os poucos parentes...

Ainda viventes, existentes e presentes.

Temerosos, chorosos e tristes com a partida.

Da irmã, esposa, mãe, avó, bisavó e tia de muitos...

Assim como encontrei o Campo Santo.

O tradicional de Nossa Senhora da Assumpção.

Aberto para a recepção do funeral, porém na escuridão.

Sem uma “viva” vela, iluminaria e/ou lamparina.

Ainda que de gás fosse, sendo usada à luz do celular...

Capaz de iluminar a cova e não os presentes

No último ato de sua não menos ilustre filha.

Vitoriosa na vida e vítima da Covid-19 inconsequente.

Diante da ausência de iluminação pública, sem ser a de Belém.

Para iluminar os serviços de pedreiro dos coveiros no funeral.

Isso apesar dos avanços das tecnologias...

Em todos os sentidos presentes no mundo.

Segundo a historicidade que se conhece, aqui não presente.

Ao se confundir crescimento populacional...

Com inchação da cidade sem o devido desenvolvimento.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 24/04/2021
Reeditado em 24/04/2021
Código do texto: T7240229
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