Ode a memória
Ah, Liberdade! Como és fugidia!
O som maldito dos coturnos
Pisoteando a frágil democracia
Iniciando vinte e um anos soturnos
Nossa terra diuturnamente vilipendiada
Diziam ser para o bem da Nação
Enquanto torturavam inocentes no porão
Rindo da dignidade humana violada
Aos abutres da ditadura: O lixo da história
O eterno o repúdio aos ignóbeis atos
Às vítimas o direito à verdade e à memória
Que nunca sejam esquecidos os tristes fatos
Que o terror desses anos nunca seja esquecido
Pois o passado nunca é apenas o tempo ido
Que reverbere pelos ares o brado: Foi golpe
Que persista a luta: 1964 nunca mais!