Morte a Base da Bala
Arma não mata,
Vacina não presta,
Saúde em colapso,
Não quer ver,
Não enxerga.
E assim vai seguindo,
De olhos tapados,
Palhaço,
Exposto na testa,
Enfia a máscara no rabo,
E saem todos para aglomerar em festas.
Os pais estão morrendo,
Seus filhos internam,
Se não há vagas em Utis,
É morte quase certa.
A culpa é da China,
Da Pfizer ou Moderna,
Talvez de Hugo Chaves,
Que assombra a Venezuela.
A culpa é minha,
É tua e dela,
E de todo povo,
Que cala e espera.
Espera a morte chegar,
Enquanto o dinheiro não vem,
Vacina aqui vai demorar,
Mas quem quiser, cloroquina tem.
A morte circunda o pobre,
Ela vai de busão ou de trem,
Capitalistas se blindam em carros,
E da morte fazem desdém.
Pecado em vida reina,
Fé, por dinheiro se abala,
Se Cristo viesse agora,
Morria na base da bala.