Janelas
De olhos abertos
sonhamos dentro de leis
de muros
nos quartos escuros ouvimos um mantra
de emancipação obrigatória
Os olhos se fecham
e tudo fica confuso:
o sonho torna-se obtuso
mata-se o chefe
cai-se no precipício
legaliza-se o desuso
De asas bem abertas, sobrevoando um mundo em silêncio -
Construído de seres pragmáticos
com a dor dos despossuídos
São cinco e meia, o alarme brada,
e o mesmo sentimento
é separado por muros
nos quartos ainda escuros:
Por quê?