Um cipó-mata nordestino

Nas linhas deste poema

Que meu Nordeste exalta

Assaré deu-me o esquema

E a ele sou sempre grata

Se meu lugar é monema

Nos versos viro acrobata.

Nordestinar é meu lema

E minha pena é imediata

Na raiz deste teorema

A poesia está correlata

Metrificando o morfema

Com esta rima abstrata:

No ventre do meu Nordeste

Brotei feito um cipó-mata

Mas meu laço é diferente

E minha acolhida é sensata

Ele aperta bem requerente

Mas só acalenta e aclimata.

A minha raiz bem resistente

Nascida na Zona da Mata

E o meu coração resiliente

É só a metade pragmata

Quando olha o diferente

Então se torna acromata

Vê todos da mesma cor

E na medida mais exata

Da igualdade do seu valor

Que deste cerne cordata

Brota feito um louvor

E a empatia arremata.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 13/02/2021
Reeditado em 21/02/2021
Código do texto: T7183698
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