O Nordeste brasileiro

Ainda bem recentemente

Me chamaram estrangeira

Sou nordestina decente

Genuinamente brasileira

E conclamo docemente

A minha raiz verdadeira

Sou nordestina de fato...

Mas não sou do exterior.

Não venha com papo chato

Tentar dirimir nosso valor

O Nordeste tem seu aparato

Seu estandarte e esplendor.

Se o Brasil tem seu hiato

O Nordeste tem seu pendor

Não queira fazer caricato

O povo humilde e trabalhador

Sempre Gentil, bom e sensato

Cheio de garra, fé e calor

Esta é a Região pioneira

Que hoje é vilipendiada.

Já foi a bela Côrte primeira

Depois de muito explorada

Se tornou a derradeira...

A sempre discriminada.

Não lembram um grande nome.

Poetas, músicos ou humoristas.

O estigma da seca e da fome.

Até seus grandes estadistas

A mais vil amnésia consome.

E já pensam como elitistas.

Mas o Nordeste altaneiro

Supera qualquer preconceito.

Seu povo criativo e festeiro

Também esbanja respeito

E não chama de estrangeiro

Pois não vê nisso defeito.

Antes, destes se faz companheiro.

Pois ao amor é sempre afeito.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 12/02/2021
Reeditado em 12/02/2021
Código do texto: T7182416
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