ESPÍRITO CARCOMIDO

São criaturas de almas danificadas pouco evoluída

Vivem crônico processo de ética pequena moída

Ingratos, falastrões e mesquinhos por natureza

Com insana mediocridade pensa ter grandeza

Transita na sociedade em vários seguimentos

Desagregadores sem demonstrar comedimentos

Vivem sufocados num mar de egoísmo e hipocrisia

Precisando ser juízes e bajuladores sua idiossincrasia

Quase nunca conseguem mostrar valor

Tem na forma de julgar outros seu rancor

Mesmo não tendo nada contra a sua vitima

Mas só assim consegue alimentar vida intima

Está sempre a destilar ódio de quem está longe de ser

E para aplacar inveja reprimida precisa recrudescer

Não escapa nem quem deva favor na sua língua

Navegam entre bem e mal que vida ambígua

Não são de confiança ou péssimo companheiro

Não pensa duas vezes para elogiar ou ser coveiro

Essa bipolaridade é inerente dessa criatura bizarra

Grotesco sem motivos cortam até mais que navalha

Pode pousar de religioso e pregar seu irmão amar

Mas não conseguem esconder sua sanha de aviltar

Acham-se juiz julgando o que não aceita ver valores

Troca cordialidade por cizânia a índole dos detratores

Enfim são espíritos extremamente carcomidos

Peregrinando sem paz com os valores ruídos

Estão longe de despertar da insignificância

De fomentar o que expele de arrogância

FERNANDO ARÁBIA
Enviado por FERNANDO ARÁBIA em 07/02/2021
Reeditado em 01/03/2021
Código do texto: T7178409
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