ESPÍRITO CARCOMIDO
São criaturas de almas danificadas pouco evoluída
Vivem crônico processo de ética pequena moída
Ingratos, falastrões e mesquinhos por natureza
Com insana mediocridade pensa ter grandeza
Transita na sociedade em vários seguimentos
Desagregadores sem demonstrar comedimentos
Vivem sufocados num mar de egoísmo e hipocrisia
Precisando ser juízes e bajuladores sua idiossincrasia
Quase nunca conseguem mostrar valor
Tem na forma de julgar outros seu rancor
Mesmo não tendo nada contra a sua vitima
Mas só assim consegue alimentar vida intima
Está sempre a destilar ódio de quem está longe de ser
E para aplacar inveja reprimida precisa recrudescer
Não escapa nem quem deva favor na sua língua
Navegam entre bem e mal que vida ambígua
Não são de confiança ou péssimo companheiro
Não pensa duas vezes para elogiar ou ser coveiro
Essa bipolaridade é inerente dessa criatura bizarra
Grotesco sem motivos cortam até mais que navalha
Pode pousar de religioso e pregar seu irmão amar
Mas não conseguem esconder sua sanha de aviltar
Acham-se juiz julgando o que não aceita ver valores
Troca cordialidade por cizânia a índole dos detratores
Enfim são espíritos extremamente carcomidos
Peregrinando sem paz com os valores ruídos
Estão longe de despertar da insignificância
De fomentar o que expele de arrogância