Purgatório
Sentirei um nada
No escuro da noite
A mais movimentada hora
De um ciclo temporal
O silêncio mais ensurdecedor
O breu mais colorido
O nada contraditório
É assim que eu vivo
Vivo como se estivesse morto
Para na hora do sepultamento geral
Viver como viviam os outros
Fazer deste velório um grande carnaval
Um mundo degradante
Uma vida incômoda
Julgado pelas mais variantes
Camadas da plebe sórdida
Escutem os gemidos
Vindos do purgatório
Agonia, lamúria e dor
É o último ato de "amor"