A peste branca

Essa peste que já toma conta do mundo e deixa o seu vil legado

Donos de todos e daqueles que pela cor são agora julgados

Sem ter para onde ir porque não têm lugar certo

Escravos de um senhorio que agora os vigiam de perto

Homens e mulheres que ainda não compreenderam

Por que de alguém são propriedades e não mereceram?

“Somos todos iguais”, disseram alguns, e a nossa melanina

É tão linda quanto a cor branca daquele ou daquela menina

“Por sermos diferentes deveríamos nos completar”, desobedeceram

Mas fizeram disto pouco caso: “a diferença é lucrativa”, responderam

“Fiques aí embaixo que ficamos aqui em cima”

“De onde estás é mais fácil de ser manipulada para que não se oprima”

Tratados como animais de espírito, corpo e alma

Tiraram deles os direitos à felicidade e a calma

E assim ao longo dos séculos mostraram como se espanca

Um povo sofrido, lindo, mas agora quase morto pela peste branca!

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 26/01/2021
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