Ano novo - 2.021
Mais um ano se reinicia –
Em meio a uma pandemia.
Entre pessoas felizes –
E infelizes –
Outras sofrendo,
Em seus adendos.
A violência mostrando a sua cara,
Em plena loucura –
Arrancando vidas...
Dilacerando outras.
Estamos entregue aos caos,
Seguimos solenes a naos.
Não se entendem os governantes –
Já vimos isso antes.
Enquanto o povo é dizimado,
O que cometemos, qual o crime?
Será que somos os desalmados?
O que é que nos redime?
A corrupção à galope,
Lentos são os nossos trotes.
Da visão embaçada e míope,
Supremacia de desigualdade –
Sem a tal da felicidade.
Fazendo-se presente a injustiça,
Velando o sono da criança –
Por infortúnio, total desesperança.
O barco seguindo a nau deriva,
Estaremos na mesma leva.
Na conjectura do abismo,
Trilhamos o mesmo lirismo,
De anos atrás –
O tempo que nos apraz.
De dias melhores,
Por trás do espetáculo –
Nos bastidores.
Com os iguais, criando o elo,
Se é que sobreviveremos.
À passos largos,
Fugindo do perigo.
Caminhando –
"Metamorfoseando" –
Mais uma vez,
No revés,
Com o burro nas águas daremos.