Na Mira

Ele carregava um sorriso no rosto

E uma arma na mochila

Todos o ofende, todos os dias

Ninguém o entende.

Cada um em seu próprio mundo

Cada um em sua própria bolha

A bolha dele de sabão

Vai estourar agora.

O mundo virtual cruel

Mas não mais que sua arma

Talvez ele seja cruel, mas não mais

Que as próprias asas quebradas.

A queda de um anjo

A perda da inocência

O amor se ensina

Mas o ódio também.

O sangue dos inocentes

O sangue dele seria inocente?

Seu sangue reflete a raiva

E a raiva corrompeu mais um.

Então voltem para os celulares

Finjam que esta tudo bem

Voltem para seus lares

As noticias são da vida de quem?

E assim mais uma tragédia para estatística

O sorriso dele já virou poeira

A arma na mochila também não faz diferença

Mas ainda estamos na sua mira.

Ligia Albarracin
Enviado por Ligia Albarracin em 29/12/2020
Código do texto: T7146964
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