Às armas, cidadãos!
Dia após dia
Em busca do pão
E da carne
(Quando por sorte se obtém)
Obstina-se o homem
Domado
("Vida de gado")
A um destino infeliz
E a si mesmo diz
Que a renúncia do hoje
Trará um futuro de escolhas
Não, não escondas
De ti mesmo a verdade
("Envelheço na cidade")
Hoje é o futuro
Que a vinte anos sonhavas
Ainda mais triste e mais duro
Do que era teu presente...
Aceitas um conselho?
É inútil, se te ressentes...
Transforma tua mágoa
Em fúria incandescente
Varre com aço a falsidade
Que te cerca e te consome!
Toma o teu destino
Em tuas mãos, homem!
Às armas, cidadãos
Que o sangue impuro
Do que está errado
Lave com abundância
Nossos arados...