O CANTO NEGRO

Quem disse que somos livres?

A Carta Magna ou a princesa Isabel?

Um grito ecoa da senzala

Um descaso recheado de sangue

Corta a dignidade do cativo de pele escura

E olhar piedoso

Uma lágrima ecoa no canto do tronco

Engolir o choro?

Após ser açoitado

E, terrivelmente humilhado?

Talvez fosse a saída

O branco ambicioso?

O índio nativo?

Ou o jesuíta hipócrita?

Fugas, suicídio, medo...

Raiva, repúdio, resistência...

História de Lamento

História de Tormento

Porém, a luta não acabou...

É preciso urgentemente

Respeitar a nação NEGRA

Chega de indiferença

Que descrença

Seu canto pedi OPORTUNIDADE

Seu canto pedi DIGNIDADE

Meire Cavalcante
Enviado por Meire Cavalcante em 13/12/2020
Reeditado em 10/09/2024
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