O CANTO NEGRO
Quem disse que somos livres?
A Carta Magna ou a princesa Isabel?
Um grito ecoa da senzala
Um descaso recheado de sangue
Corta a dignidade do cativo de pele escura
E olhar piedoso
Uma lágrima ecoa no canto do tronco
Engolir o choro?
Após ser açoitado
E, terrivelmente humilhado?
Talvez fosse a saída
O branco ambicioso?
O índio nativo?
Ou o jesuíta hipócrita?
Fugas, suicídio, medo...
Raiva, repúdio, resistência...
História de Lamento
História de Tormento
Porém, a luta não acabou...
É preciso urgentemente
Respeitar a nação NEGRA
Chega de indiferença
Que descrença
Seu canto pedi OPORTUNIDADE
Seu canto pedi DIGNIDADE