O branco oculto
A cada face
um disfarce.
Se desfaz
quando nasce.
Ligeiro e ácido.
Rouco e tácito.
Finge capaz
quando plácido.
Um nojo se fez
ao defender sua tez.
Chamou o capataz.
Fez-se em embriaguez.
Um despolido burguês
que do ódio é freguês,
mentalmente pra trás,
com sua invalidez.
Não se sabe se nasce
ou se ganha o passe,
no surgimento voraz,
ignorante que trazes.
A mente apagada
pela escuridão desejada
por quem ignora o que faz...
Por quem oculta piada
Já não há mais a graça
do tempo sem luz lá da massa.
O branco, oculto se faz,
para alimentar a desgraça.