Sem título
A vida não é o que queremos, nossas expectativas, desejos e anseios. É o inicio com um fim certeiro do qual nós nada podemos fazer. Permeada de amores, desgostos, alegrias, chateações caminhamos pela linha tênue entre o equilíbrio e o desequilíbrio.
Quando compreendemos que não somos o centro dela tudo toma seu devido lugar e traz, consequentemente, seus específicos reflexos.
Sabemos como tudo começa, mas nunca quando e como termina. A ausência dessa consciência nos traz questionamentos, preocupações e, muitas vezes, angustia. Mas no fim isso não importa, pois nada poderíamos fazer a respeito, pois certamente seria tardio.
O aceitar que tudo começa e termina é fundamental para prosseguir. Que tudo o que se planta colhe que toda causa gera uma consequência. Que o esquecer-me é o encontrar-me.
Os principais moldes para a obtenção certeira do fim correto não sabemos, mas as pistas indicam claramente que caráter, honestidade, humildade, consciência e sabedoria são cruciais, por isso, por que fazer diferente, querer fadar-se ao fracasso.
Ousadia, coragem e audácia são características que diferem o eu do todo.
O tempo é o marcador cruel da nossa estadia no mundo passageiro da aprendizagem, correr atrás dele é tolice, pois não sabemos quando começa e quando termina.
Família, trabalho, amigos, estudos...
Nossa dura ocupação em prol do aprender e do ensinar, meios pelos quais fomos designados a cumprir a carga horária para no fim então sabermos se estamos aptos ou não a subir de posto, ou seja, se demos o nosso melhor para sermos comtemplados com o melhor.
Estudamos, trabalhamos, nos divertimos, nos alimentamos, dormimos, apreciamos e nos desgastamos, para quê?
Porque assim que deve ser. Mas quem ordenou?
Ele, mas não disse façam cinquenta cursos, participem de cento e vinte palestras, trabalhem vinte horas diárias, saia todas as noites e se divirta até não poder mais, coma o máximo que conseguir, durma até não aguentar mais, aprecie tudo e desgaste-se por completo. Então por que fazemos?
Porque o tempo nos desequilibrou.
A linha se torna invisível e nos prendemos ao desiquilíbrio como se fosse único.
Sofrimentos, desavenças, indiferenças, frutos amargos e azedos da árvore plantada.
Por isso vivamos conscientes da certeza das nossas escolhas, atitudes e certezas, que canalizam ao fim que temos a liberdade de escolhermos o passo seguinte, o início de tudo, reflexo das condutas, posturas e opiniões que adotamos a todo o tempo na vida corrida, tardia e passageira.
21.07.2013
4:41 a.m.