Descans(ar)ou

Descansou...

Na praça bancos...

Molhados pela chuva...

Uvas espremidas...

Cálice de gula...

Fome, de ter o seu nome...

Perdido em algum pronome transeunte...

A saudade já não mais existe...

Ficaste, quiste com a confissão...

O Sacerdote te deu um dote espiritual...

Absolvição e comunhão...

Com um pouco e reprovação...

Que perdido na moral...

Descansou em um jogral matinal...

Na bufonaria em frente a uma tabacaria...

Realizando uma porcaria em prevaricar...

Em mendigar...

E querer agradar...

E nunca amar...

Ou a voltar a sonhar...

As folhas caídas pelas pedras portuguesas...

Não revelam mais surpresas...

Pelos bares cheios de tristezas..

E falta de abraços...

Descansando, em novos percalços...

Gerando embaraços...

Entre trapos e farrapos...

De papos furados...

Ficou um caco...

Orbitando em seu descaso...

Perante o acaso de obter um novo...

Traço de abraço...

Pratos sujos...

Copos encardidos...

Roupas maltrapilhas...

Pilhado...

Ridicularizado...

Nunca perdoado...

Mas aclamado como enfado...

Diamantado como escravo...

Severizado...

Agraciado ao prelado sarcástico...

Largado descansado...

Sem ter sido amado...

Fome de palavras...

Escassez de diálogos...

Esclarecimentos cheios de lamentos...

Culminando em excrementos catarrentos...

No centro da composição ontológica...

Procurando um asilo...

De lembranças...

Que se transformaram...

Em subjetividades perdidas e esquecidas...

Disseminar pelo ar lágrimas...

Fazendo respirar...

O azar...

De ter que cantar...

Um novo descansar...

Que nunca foi um declarar...

Encarcerado a um verdadeiro afagar...

Faltou muito ar...

Para falar...

E rezar...

E depois repousar...

Nos braços...

De algum endeusar...

zaccaz
Enviado por zaccaz em 25/11/2020
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