NEGRITUDES
A cor da minha pele não diz quem sou
Quanto tenho no bolso não diz quem sou
Como me visto não diz também quem eu sou
Nem quanto “l’argent” tenho no banco também não
Ontem escravizado
Pelo Senhores dos Engenhos nas senzalas
Hoje escravizado
Pelo sistema opressor estrutural das favelas
Ontem escravizado
Lágrimas, Suor e Sangue
E o chicote dilacerando meu corpo
Ardendo, queimando, doendo mais a alma
Hoje falsa liberdade
Discriminação e preconceitos velados
Impondo um “apartheid” social.
A cor da minha pele não diz quem eu sou
Minha alma transparente não tem cor
Ou se tem com certeza é colorida multicor
E o preto também tem seu valor
Lutar ainda é preciso para a paz social
Lutar ainda é preciso quando a cor da pele
Discrimina, Segrega, Maltrata, Mata.
Resistir para se fazer simplesmente existir.
Racismo, Preconceitos, Discriminação Não!
Toda vida humana importam.