Senzala
Na vibração
dessas pedras
eu sinto
a dor dos que
já não doem
o frio dos que
não mais sentem
a fome dos que
nada comem
sua ausente presença
aqui se encontra
nesta turva
triste memória
opróbio das
tradições
ordenamentos
história
Senzala, por ti
eu sinto!
tanta vida
sepultada
mas sinto por nós
por mim mesmo
Na face agônica
do outro
um grito então
se abafou
seus ecos
ainda (não)
se ouvem
agora