Marcando a derme
Na calada da noite,
Somos todos iguais.
A escuridão –
A maldição.
Encobre as marcas,
Derrubando cercas.
As cicatrizes –
Sem diretrizes.
Os tons de peles,
E seus deslizes.
Vislumbre revele,
Invisíveis açoites.
Somos pessoas normais,
Agindo com raiva.
Desejando a sobrevivência,
Um país omisso –
Sem compromisso.
Aos menos favorecidos,
Demonstra a incompetência.
Por liberdade, a ânsia.
Degenerados e iguais,
Aguardando a dádiva.
Não me venha falar:
De igualdade –
Não o que sinto na carne.
Quero gritar:
Por liberdade –
Marcando a derme.
Políticos –
Ricos –
Piores do que animais.
Enquanto definham –
Os pobres mortais!
Favorecidos –
Da burguesia.
Atropelados –
Pela hipocrisia.