Subterfúgios
Estou numa corda bamba,
Sem eira –
Nem beira –
Carregando muambas.
No peito –
Um coração dilacerado.
Da vida privado –
Sem o combustível,
Reprimido –
No mundo inacessível.
Pelas cinzas encoberto –
Restando o aperto.
Não há nada o que fazer,
A realidade nós atropela.
Sem o mínimo de prazer,
Fechando a janela.
Sou uma estátua,
Desfazendo-me das mágoas.
Deixando-me levar, correntezas,
Não há nada de delicadeza.