Morador de periferia

Um dia comum...

Como outro qualquer.

De manhã um café,

Para despertar da morbidez.

Correndo atrás de algum,

Sobrevivendo com a insensatez –

Construindo ilusões.

A sociedade nos põe a baixo,

Não temos nem as pretensões.

Em prol das fantasias,

Levando chumbo –

Goela abaixo.

Ouvindo bumbos,

Num lamento –

Desalento...

Repletas de heresias.

Qual foi a última vez:

Em que sonhei?

Qual foi a última vez:

Com a cara no chão – Parei?

Morador de periferia –

Não tem direito à burguesia.

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 28/10/2020
Código do texto: T7098360
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