Morador de periferia
Um dia comum...
Como outro qualquer.
De manhã um café,
Para despertar da morbidez.
Correndo atrás de algum,
Sobrevivendo com a insensatez –
Construindo ilusões.
A sociedade nos põe a baixo,
Não temos nem as pretensões.
Em prol das fantasias,
Levando chumbo –
Goela abaixo.
Ouvindo bumbos,
Num lamento –
Desalento...
Repletas de heresias.
Qual foi a última vez:
Em que sonhei?
Qual foi a última vez:
Com a cara no chão – Parei?
Morador de periferia –
Não tem direito à burguesia.