Que nos liberte desse certo bem, amém!
Dedos dedilham,
Exaltam ao rei,
Em aplicativos,
Em totens também.
Computam os juros,
Impostos ou não,
Não paga pra ver,
O inferno irmão.
Dinheiro é deus,
Talvez salvação,
Instituição financeira,
É religião,
A graça, empréstimo,
Juro é o perdão,
O inferno em vida,
Se atrasa a prestação.
Consciência é um peso,
Cobrança também,
Te caçam,
Te ligam,
Mandam cartas e além.
Indicação ao inferno,
Recebe convocação,
SPC ou Serasa?
Se os dois juntos?
Pior o sermão.
Mas o deus é bom,
Quer te ajudar,
Manda um santo a busca,
Perdão negociar,
Prestações além vida,
Juros em extorsão,
Ou se paga em vida,
Ou outros herdarão.
Na vigília corrente,
Computadores em oração,
Foi cair algum dinheiro na conta,
Mais um pecado ofertado ao perdão.
Onde o mal não vê juros,
Prega a comunhão,
Se te empresta dinheiro,
É por consideração.
Ele invade as casas,
Distribuindo o pão,
Não penaliza ninguém,
Disposto a doar a quem não tem.
Que nos liberte desse certo bem, amém!