Sempre em Pé
Que tal mudarmos o mundo?
Ao invés de deitados,
Nós mantermos em pé,
Ao invés de calados,
Gritaremos, até onde der,
Ao invés de capachos,
Ser a brasa aos pés,
Quem insiste em pisar,
Sentirá o revés.
São noites e dias calados,
Chorando no incômodo quarto,
Na mente rodeia pensamento absurdo,
Parar de sofrer,
Acabar com isso tudo!
O que fazer?
Nem a fé mais anima,
Isso chamado por muitos de vida,
Outros consideram sina.
Pagando pecados,
Os meus e de mais cem,
A cruz que carrega é minha também.
Enquanto os injustos cospem na santa cruz,
Não tem medo de Deus,
Quem dirá de Jesus.
A riqueza só cresce,
E o ouro dos dentes reluz,
São covardes, insanos,
Tiram daqueles que tudo produz.
Seguranças armados,
Carros que exibem o poder,
Quero te ver desarmado,
Cara a cara com aqueles que só fez sofrer.
Só nos resta gritar,
Indignação escrever,
Sofro eu com verdades,
Também sofre você,
Prefiro a realidade,
E ela insiste em doer,
Alguns rezam diante da ceia,
Outros rezam buscando o que comer,
Ele não olha aqui?
Só olha para você?
Por isso me julgue injusto,
Pela dificuldade de crer,
Mas enquanto tiver forças,
E me permitir viver,
Vou cantar injustiças,
E de pé me manter,
De joelhos só caiu,
Quando me atender,
Desigualdade sumir,
E o amor renascer.