Números

Não somos humanos

Somos meras estatísticas

Mortos por desumanos

Por falta de críticas

Um sorriso é capaz de desaparecer em um eterno segundo

O quão frágil é a vida neste mundo

Onde o suspiro é regido pelo intolerante que satiriza a nossa existência a todo instante

Ó, ética morta no seio da estática

Ó, moral sufocada em uma ilha aquática

Onde andas, fugaz esperança?

Condenados estamos a esta triste dança?

Respostas, quero respostas

Mas tudo o que recebo são costas

Olhares

Tão tardes

No por do sol

Sou

Nada

Poderíamos ser tudo

Mas sonhar nos é recluso

Neste mundo sujo por

Um sistema de pesadelo e horror