MARIA

Peço uma esmola para uma viúva sofrida

Sou sem teto e não tenho alegria

Desempregada, ninguém quer me empregar

Pois estou doente e vivo de agonia

O meu prazer é um prato de arroz

Com feijão e um pedaço de osso

Se me derem uns centavos eu passo

Só não trabalho porque não mais posso

Tive alegria quando minha filha nasceu

Agora ela se dá como objeto de uso

Meu marido se matou, depois que enlouqueceu

Vivo nas ruas como da vida um intruso

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 05/10/2020
Código do texto: T7080400
Classificação de conteúdo: seguro