MARIA
Peço uma esmola para uma viúva sofrida
Sou sem teto e não tenho alegria
Desempregada, ninguém quer me empregar
Pois estou doente e vivo de agonia
O meu prazer é um prato de arroz
Com feijão e um pedaço de osso
Se me derem uns centavos eu passo
Só não trabalho porque não mais posso
Tive alegria quando minha filha nasceu
Agora ela se dá como objeto de uso
Meu marido se matou, depois que enlouqueceu
Vivo nas ruas como da vida um intruso