Eu, tatu do pantanal
Ouço estalos lá fora
São toras de pau a se queimar
É o fim do meu habitat
E o choro da flora
As paredes estão a me aquecer
A aumentar a sede e reter meus passos
Mas consigo chegar ao topo
Que está a se fechar em cinzas
E quando rompo a escuridão
Vejo o céu em chamas
E caminho em outra direção
A que não me encanta
Ao me afastar do perigo
Eu sei do iminente castigo
Porém, o dono da culpa me preserva
A chuveirar meus cascos