O cotidiano

Alto, alto, corpo, assalto!

Cala, cala, o tiro, a bala

Espere, espere, não se altere

Chão, pro chão, não tem perdão.

Preto, preto, esse é o defeito

Bosta pura, que não se atura

Deixa, deixa!!! Não olha, não mexa

Ave Maria, um preto? Sorria.

Negra fedida, vem cá ser comida

Eita, eita, um negro, se ajeita

Passa, passa, um preto, disfarça

Nossa senhora! Um negro, e agora ?

Corra, corra, polícia, não morra

O preto expressou, que nojo, que horror

Tim-tim, tim-tim, ao preto e seu fim

Cor, cor, a pele e a dor.

Daniel Oliveira

Poema feito oportunamente em um momento de protestos e lutas contra o racismo, que infelizmente ainda perdura no nosso meio. Nele procurei demonstrar expressões, frases, colocações de mau gosto e racistas que os negros enfrentam no seu cotidiano, além de lutas históricas contra a exclusão e desigualdade de oportunidades vividas por eles. Aqui faço votos de repúdio contra o racismo e contra qualquer colocação que configure discriminação.

Daniel Oliveira da Silva
Enviado por Daniel Oliveira da Silva em 21/09/2020
Código do texto: T7068716
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