Raven!
Alucinante noite tocante ao céu do purgatório,
Frenética, encantadora... imagem delirante,
Luz rodopiante de cadentes raios com rápidos movimentos,
Em câmera lenta, tonta mazela,
Decrépita fumaça respira, espira em sopro,
Faz luz parar no ar,
Gestos obscenos sincronizados,
Em orgia musical,
Carícias ostentadas de mulheres com homens,
Vice-versa e mesmo com mesmo,
Depravação ao ancião,
Diversão sem pudor inocente da decadência,
Degustação do aperitivo aprisionado,
Por capas moldadas em corpos esqueléticos,
De simetria reta encantadora,
Sustentada como carro de combustível,
Da década de oitenta, popular, porém,
Desprezado por crise infâmia,
Rosto de revista que cai e retorna ao antigo,
Que renova em outra geração e recebe,
Mesmo preconceito de atuais matusaléns,
Noviços antes rebeldes para pastores,
Reguladores dos “erros” acometidos,
Da jovialidade interrupta da renovação...
Divirta-se!