Árvore perdida na cidade
Outras foram
Expulsas e mortas
Só ela ficou
Sofrida, mas a seu jeito
Majestosa e soberba
Roupas pobres, mínimas
Pouco importa
Ainda possui
Veste com orgulho
Ocupa o seu o espaço
Reina rainha solitária
Tem súditos raros
Que a defende com unhas e dentes
Confunde os olhares infrequentes
Quem acoberta ou quem acastela
Lá do alto indubitável
Impõe respeito e brada
Sou eu que lhes forneço a sombra
E os abrigo ainda
Não sei até quando
Esta próximo o fim